A população de guanacos se recupera na província de Neuquén.

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Os registros oficiais indicam que a **população de guanacos** ronda os 20.000 animais vagando por todo o território de **Neuquén**.

Embora sua diminuição seja atribuída principalmente à competição com o gado e à caça furtiva, estudos recentes mostram indícios de recuperação, graças a um maior controle e à **educação ambiental**.

O guanaco em Neuquén: espécie vulnerável

Em Neuquén, o guanaco é categorizado como espécie vulnerável, conforme a resolução Nº 0887/21. Entre as causas da **diminuição populacional** dos guanacos na província estão a competição com o gado (especialmente ovino e caprino) e a abertura de trilhas associadas à **atividade hidrocarbonífera** que facilitam o acesso aos caçadores furtivos.

Durante as II Jornadas Argentinas de Camelídeos Silvestres Sul-Americanos de 2024, pesquisadores do Centro de Ecologia Aplicada de Neuquén (CEAN) e da **Wildlife Conservation Society** da Argentina apresentaram os resultados de dois estudos sobre a espécie.

Segundo esses levantamentos, cerca de 20.000 guanacos selvagens vagam pela província: 60% no nordeste, 24% no sul e o restante de 16% em várias populações pequenas e isoladas.

Medidas de conservação e sinais de recuperação

A população de guanacos no nordeste de Neuquén diminuiu entre 93 e 96% em 20 anos, devido à caça furtiva facilitada por trilhas e estradas petrolíferas. No entanto, graças ao fechamento definitivo dessas trilhas, ao aumento do controle e à instalação de placas educativas, a população começa a mostrar **sinais de recuperação**.

Outros fatores que contribuem para essa situação incluem a coexistência com atividades produtivas e o abandono de campos, o que reduz a caça furtiva.

O guanaco: um herbívoro-chave na Patagônia

O guanaco (**Lama guanicoe**) é o **herbívoro nativo** mais grande da Patagônia. Desde a chegada dos espanhóis à América, as populações de guanacos diminuíram drasticamente de cerca de 50 milhões para apenas algumas centenas de milhares.

95% dos indivíduos remanescentes estão na Argentina, com estimativas entre 1.200.000 e 1.900.000 guanacos no país, **principalmente na Patagônia**.

Importância ecológica e econômica do guanaco

Em termos ecológicos, o guanaco é o herbívoro nativo mais importante de **ambientes áridos e semiáridos**. Mantém a estrutura do solo e modula o crescimento da vegetação. Suas fezes atuam como “armadilhas de sementes” para dispersar a vegetação.

Além disso, é a **principal presa do puma** (Puma concolor), o maior carnívoro nativo, ajudando a minimizar os conflitos entre esse predador e a pecuária menor.

O guanaco também tem funções econômicas, como seu uso turístico, pecuário ou como “recuperador” de campos degradados. Seu arraigamento histórico-cultural é significativo, já que as **culturas originárias da Patagônia** utilizavam diversos produtos derivados desse animal.

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