Capivaras em Nordelta: procuram esterilizá-los para controlar sua população

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Os carpinchos em Nordelta voltam a ser notícia e o debate se reabre. Isso ocorre depois que em 2021 surgiram reclamações dos moradores do bairro, que denunciavam uma superpopulação e problemas com os animais.

A disputa sobre a presença dos carpinchos ali não foi resolvida. Por isso, agora está sendo considerada uma proposta: esterilizá-los para controlar o crescimento da população.

Carpinchos em Nordelta: uma antiga polêmica e uma nova proposta

Os problemas surgiram há cerca de quatro anos, quando os carpinchos “invadiram” as ruas de Nordelta e começaram a entrar em jardins, piscinas e até atacar muitos animais de estimação.

Os carpinchos em Nordelta e uma antiga polêmica.

Devido aos danos causados às propriedades, uma disputa começou até mesmo entre os próprios moradores. Enquanto muitos reclamavam dos incômodos, outros defendiam a presença dos animais em um espaço que era o seu habitat.

Agora surgiu uma nova polêmica: a ideia de controlar a população de carpinchos com vacinas esterilizantes.

A Associação de Moradores de Nordelta (AVN) anunciou um plano para controlar a população de capivaras no complexo de bairros privados.

O projeto conta com o aval da Direção de Flora e Fauna da província de Buenos Aires e o apoio de pesquisadores do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) e da Universidade de Buenos Aires (UBA).

A iniciativa propõe aplicar uma vacina em 250 exemplares adultos, gerando esterilidade temporária. A vacinação será ambulatorial e monitorada por especialistas em fauna silvestre.

Por outro lado, grupos como “Carpinchos Nordelta somos su voz” e “Fauna Tigre en peligro” rejeitaram a medida e denunciaram que nunca foram criadas áreas adequadas para realocar os animais.

Por que estão os carpinchos em Nordelta

Os carpinchos habitam em áreas úmidas, como é o caso do delta do Tigre, região da qual são nativos. Portanto, ao estabelecer uma construção de tamanha dimensão, o tamanho de seu habitat também se mostrou insuficiente.

O capivara, chigüire ou carpincho (Hydrochoerus hydrochaeris) é uma espécie de roedor herbívoro da família dos cávidos, nativa da América do Sul. Trata-se do maior roedor do mundo em tamanho e peso.

“É preciso dissuadi-los com dispositivos sonoros de afugentamento ou luzes em movimento. Mas sem chegar ao extremo de cercas eletrificadas e menos ainda com iscas ou alimentos à margem. Também é negativo adotá-los como animais de estimação, pois não o são”, disse Manuel Jaramillo, Diretor Geral da Fundación Vida Silvestre Argentina.

Carpinchos: o que fazer.

Mesmo não sendo agressivos, são defensivos. Se estiverem em uma situação perigosa, podem gerar complicações com os humanos”, acrescentou. “Também podem ter parasitoses ou doenças virais ou bacterianas. Por isso, não se deve assediá-los, persegui-los ou domesticá-los”, enfatizou Jaramillo.

Recomendações

Os especialistas concordam que é importante coexistir, aprender a conviver com os animais sem representar perigo para eles, nem para os humanos ou animais de estimação.

É fundamental lembrar que a área úmida é o ecossistema onde o animal vive originalmente e onde obtém recursos alimentares. Também não se deve atacá-los ou instalar cercas eletrificadas, como já foi visto em algumas ocasiões.

Em todo caso, eles podem ser afastados com sons ou luzes para que se afastem do local específico. Também não devem ser “humanizados” ou tratados como animais de estimação, pois são animais silvestres.

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