Descobriram uma nova espécie na Antártida e está gerando preocupação na comunidade científica. Trata-se de um tipo de peixe dragão que está potencialmente ameaçado por diferentes fatores.
Batizaram-no de “de bandas” (Akarotaxis gouldae) em homenagem ao navio de pesquisa aposentado Laurence M. Gould, por suas contribuições científicas na região.
Uma nova espécie na Antártida: como é
Este animal que apareceu na Antártida é mais uma evidência de que algo está acontecendo e que talvez nos surpreenda no final.
A descoberta ocorreu enquanto os pesquisadores coletavam zooplâncton com redes de arrasto.

Eles capturaram larvas do peixe, que inicialmente confundiram com as de outra espécie relacionada, Akarotaxis nudiceps. No entanto, após análises genéticas e de DNA, foi confirmado que eram diferentes.
“Há duas faixas distintas nos lados dos adultos de ‘A. gouldae’ que não estão presentes em ‘A. nudiceps’, explicou o autor principal da pesquisa, Andrew Corso, após realizar as comparações.
“No mundo da taxonomia dos peixes, está se tornando comum distinguir espécies apenas com base na genética”, afirmou.
“As evidências genéticas são uma ferramenta extremamente valiosa, mas nossa descoberta destaca a importância da morfologia nas primeiras fases de vida e das coleções de história natural, como as do VIMS e outras instituições”, acrescentou.
O relatório também destaca que a espécie está potencialmente ameaçada, um fato que preocupa. O peixe produz poucas crias e seu habitat se limita a uma pequena área na região ocidental perto da península que é alvo da pesca de krill.
Mudanças climáticas na Antártida: apareceu vegetação

As novas espécies e as mudanças nas temperaturas não são as únicas imagens impactantes que a Antártida nos proporcionou nos últimos meses.
No ano passado, foi surpreendente descobrir que em algumas áreas do continente surgiu vegetação.
Conforme mostraram imagens de satélite, a cobertura vegetal da península Antártica aumentou mais de dez vezes nas últimas quatro décadas.
Isso vem acompanhado de um aquecimento mais rápido do que a média global e ondas de calor extremo.
Um estudo realizado pelas universidades de Exeter e Hertfordshire e o British Antarctic Survey, utilizou dados de satélites para avaliar em que medida a península do continente branco “verdejou” em resposta às mudanças climáticas.
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