A Guarda Civil, em colaboração com a Interpol e a Polícia Nacional da Colômbia, desmantelou uma rede de venda fraudulenta de animais de estimação que operava entre Espanha e Colômbia. A operação, chamada ‘Canmoney’, resultou em 28 detenções e na investigação de outras 30 pessoas que podem estar relacionadas com o tráfico de animais.
Em três anos, esta organização criminosa conseguiu arrecadar mais de 35 milhões de euros por meio de transações com criptomoedas e obteve mais de três milhões de euros em dinheiro. A eles são atribuídos um total de 681 crimes, incluindo 335 fraudes, 158 casos de usurpação de identidade, 95 falsificações de documentos, 60 crimes de lavagem de dinheiro, 33 ameaças e associação criminosa.
As investigações continuam em curso, e estima-se que os crimes possam ultrapassar um milhão. Apenas na Espanha foram identificadas 250 vítimas, com um prejuízo econômico superior a 150.000 euros.
Tráfico de animais, um problema global
De acordo com dados publicados pelo Governo argentino, o comércio ilegal de animais gera entre 15 e 20 bilhões de dólares por ano, sendo o quarto comércio ilegal mundial depois do tráfico de drogas, falsificação e tráfico de pessoas.
De fato, na Argentina mais de 100 espécies de aves, 20 de répteis e 15 de mamíferos são afetadas pelo tráfico de fauna, das quais cerca de 20 estão em perigo.
Estima-se que os principais compradores desses animais são colecionadores, incluindo empresários, pessoas comuns e traficantes. Essas pessoas compram esses exemplares apenas para manter para si mesmas ou para criar e vender, dependendo da demanda de cada espécie.
Quais são as regiões mais afetadas pelo comércio ilegal de animais?
As áreas onde o tráfico é mais frequente são as ecorregiões, lugares que possuem maior biodiversidade e são mais ricos em fauna autóctone e endêmica. Nestas regiões, os caçadores capturam esses animais para transferi-los para grandes cidades, onde há maior demanda e oferta de aves, répteis e mamíferos para serem usados como animais de estimação. Há até mesmo tráfico internacional de fauna, em que a mercadoria é direcionada para diferentes destinos, dependendo da espécie e do tamanho.
Embora seja verdade que o comércio de fauna não é proibido, é regulamentado. Isso significa que nem todas as espécies podem ser vendidas, pois algumas têm proibição de comércio e trânsito. Nesse sentido, existem, tanto a nível nacional quanto internacional, diferentes criadouros habilitados de fauna silvestre, controlados pelos órgãos responsáveis pela aplicação da legislação ambiental que os regulamenta.
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