O **hipopótamo comum**, um dos **mamíferos mais emblemáticos** do ecossistema africano, enfrenta uma [crise de conservação](https://noticiasambientales.com/ciencia/acciones-de-conservacion-en-sudafrica-con-los-pinguinos-de-el-cabo-una-especie-en-riesgo-de-extincion/), agravada pela caça furtiva, destruição de seu habitat e **surto de antraz**.
Na **República Democrática do Congo (RDC)**, esta espécie está classificada como **vulnerável**, enfrentando novos desafios para a sobrevivência.
A drástica redução da população em Virunga
O **Parque Nacional de Virunga**, declarado **Patrimônio da Humanidade pela UNESCO**, era lar de 29.000 hipopótamos na década de 1970. No entanto, sua população diminuiu em 95% devido à **caça ilegal pelo marfim de seus dentes**, degradação ambiental e violência entre grupos armados na região.
A essas ameaças soma-se a propagação de **doenças infecciosas**, como o **antraz**, que pode causar **mortandades em massa** em populações selvagens já vulneráveis.
Surto de antraz em Virunga: 50 hipopótamos mortos
Recentemente, o **Parque Nacional de Virunga** confirmou a morte de aproximadamente **50 hipopótamos** por **antraz**, uma doença bacteriana altamente contagiosa. Os corpos foram encontrados flutuando no lago Edward e em afluentes próximos a Vitshumbi, Nyakakoma, Lunyasenge e Kyavinyonge.
As **autoridades do parque** enviaram amostras dos cadáveres ao laboratório veterinário de Goma, onde em **8 de abril** foi confirmada a presença de **antraz**. Diante dessa situação, foi **proibido o consumo de carne** dos animais mortos, devido ao **risco de contágio aos humanos**.
Não é a primeira vez que **Virunga** enfrenta surtos de antraz. Eventos similares em anos anteriores tiveram consequências devastadoras para a **biodiversidade local**, afetando não apenas os **hipopótamos**, mas também outras **espécies que compartilham seu habitat**.
Impacto do antraz na fauna selvagem africana
O **antraz** (também conhecido como **carbúnculo**) é uma infecção causada pela bactéria **Bacillus anthracis**, cujas **esporas resistentes** podem **sobreviver no solo por décadas**.
Os herbívoros frequentemente contraem a doença ao **consumir água contaminada ou pastar em áreas afetadas**, o que resulta em surtos de alta mortalidade.
Casos recentes incluem:
- Zimbábue (janeiro-março de 2025): 19 **hipopótamos mortos** na área de **safari de Sapi e Chirundu**. As autoridades investigam possíveis **surtos de antraz**.
- Parque Nacional de Gonarezhou (2024): Um surto afetou **búfalos, elefantes e zebras**, mostrando um padrão recorrente de **transmissão em ecossistemas afetados**.
Consequências ecológicas e socioeconômicas
Os **surtos de antraz** não apenas colocam em risco a **biodiversidade**, mas também impactam as **comunidades locais**, afetando:
- **Turismo ecológico**, que depende da conservação de espécies emblemáticas.
- **Sustentabilidade de ecossistemas**, cruciais para as populações rurais.
- **Saúde pública**, devido ao risco de **consumo de carne contaminada**.
Urgência na conservação do hipopótamo comum
A crescente [ameaça para os **hipopótamos na África**](https://noticiasambientales.com/animales/hipopotamo-pigmeo-el-pequeno-mamifero-que-esta-al-borde-de-la-extincion/) exige medidas urgentes:
- **Reforço da proteção** em parques nacionais como **Virunga**.
- **Controle de doenças infecciosas** para prevenir novas crises sanitárias.
- **Regulação do comércio de marfim**, eliminando a demanda que impulsiona a caça furtiva.
A preservação desses gigantes aquáticos depende de uma resposta **rápida e coordenada**, que combine ação governamental, pesquisa científica e cooperação internacional.
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