As ONGs Conciencia Animal Entre Ríos e o Centro para o Estudo e Defesa das Aves Silvestres (Ceydas) solicitaram à Justiça Federal que intervenha diante da possível comissão dos crimes de posse ilegal e maus-tratos aos animais de espécies silvestres, catalogadas como ameaçadas por um hotel que exibe os animais em gaiolas.
Denúncia e medidas urgentes
Segundo ambas as entidades, em um resort localizado às margens da rodovia nacional 12, na altura de Gualeguay, são exibidos “um arara-azul-grande ou arara-azul, classificado como vulnerável em nível mundial; uma arara-vermelha ou arara-verde; uma arara-azul e amarela; um papagaio-falante do Chaco e dois tucanos toco, que à primeira vista pode-se observar que não possuem as anilhas identificadoras obrigatórias conforme a normativa provincial e nacional que os protege”.
Através da denúncia penal formulada, apontaram que “as aves estão expostas a doenças e com uma dieta inadequada” e, como medidas urgentes, solicitaram às autoridades “a busca e apreensão do local, a apreensão dos animais e a transferência para um centro de recuperação“.
Espécies silvestres ameaçadas em gaiolas
As entidades mencionaram que os exemplares são de espécies que estão “ameaçadas” e, portanto, “abrangidas pelos critérios de proteção nos apêndices de espécies ameaçadas e em perigo”, em um contexto em que “sofrem estresse, angústia e terror ao se encontrarem em pequenas gaiolas, em um ambiente completamente artificial e expostos a um sem número de espectadores que perturbam sua tranquilidade e atentam contra sua integridade psicofísica“.
Proteção dos animais silvestres
Em decorrência disso, as ONGs solicitam ao juiz federal “a proteção dos animais não humanos”, razão pela qual solicitam “sejam tomadas medidas urgentes, pelo menos, de buscar e apreender o local de confinamento, estabelecer o estado de conservação dos espécimes, apreender os mesmos e proceder ao resgate provisório em um abrigo até que se possa encontrar o modo de reinserção”.
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