Uma tartaruga terrestre recém-nascida se recupera na Reserva La Florida.

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Uma pequena tartaruga terrestre da espécie Chelonoidis chilensis, com apenas uma semana de vida e um peso de 25 gramas, foi entregue voluntariamente por uma moradora de Villa de Merlo ao Centro de Conservação da Vida Selvagem (CCVS) na Reserva Floro Faunística de La Florida, em San Luis. Segundo a veterinária Andrea Gangone, o réptil está em bom estado de saúde, ativo e com um saco vitelino saudável, que deverá ser absorvido nos próximos dias antes de começar a se alimentar por si só.

Junto com a tartaruga, também foram encaminhados para o centro de reabilitação uma coruja-buraqueira (Athene cunicularia), encontrada ferida em Villa Mercedes, e um carcará. Esses animais passarão por um período de quarentena, durante o qual os especialistas avaliarão seu estado e determinarão se podem ser reintroduzidos em seu habitat natural.

A tartaruga terrestre é uma espécie autóctone da província de San Luis e está categorizada como vulnerável devido às ameaças que enfrenta, principalmente o tráfico ilegal. Segundo a bióloga Lara Denápole, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, muitas das tartarugas que vivem em lares foram retiradas ilegalmente de seu ambiente natural.

Isso não apenas impacta em suas populações selvagens, mas também causa graves deficiências nutricionais nos exemplares que estiveram em cativeiro, pois sua alimentação na natureza é muito mais variada e equilibrada do que podem receber em um lar.

Tartaruga terrestre resgatada em Villa de Merlo. Foto: Imprensa, Sec. Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de San Luis.
Tartaruga terrestre resgatada em Villa de Merlo. Foto: Imprensa, Sec. Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de San Luis.

Proteção legal e consequências do cativeiro

A Lei Nacional de Fauna (22.421) proíbe a captura, comercialização e posse de tartarugas sem permissão das autoridades. Por outro lado, a Lei Provincial N° IX-1058-2021 as declara monumento natural, juntamente com outras espécies ameaçadas, como o Veado das Pampas e o Cardeal Amarelo. Essa categoria oferece proteção absoluta e sanções para quem descumprir a regulamentação.

Um dos principais fatores que afetam a sobrevivência da espécie é a baixa taxa de sobrevivência dos ovos e juvenis em estado selvagem, devido ao longo período de incubação, que dura entre 13 e 16 meses. Além disso, em cativeiro, as tartarugas não conseguem hibernar adequadamente, o que afeta seu desenvolvimento e saúde. Outro risco é a possibilidade de transmitir doenças como a salmonelose aos humanos.

As autoridades lembram que qualquer pessoa que encontrar animais selvagens fora de seu habitat ou detectar casos de tráfico ilegal ou comércio ilegal de animais, deve entrar em contato com o escritório de Fauna pelo 2664-452000 interno 3372 ou fazer uma denúncia à Polícia Ambiental através do 911.

Qual é a importância de preservar as tartarugas terrestres?

De acordo com os especialistas, as tartarugas terrestres são fundamentais para manter a limpeza dos oceanos, bem como para manter o equilíbrio da vida marinha. Por esse motivo, alguns países, como o México, proíbem a pesca, extração e roubo de ovos de tartaruga, considerando isso um crime.

Além disso, algumas espécies de tartarugas são especialmente importantes para os ecossistemas, já que são os principais agentes de dispersão de sementes de certas plantas.

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