Detectados microplásticos nos pulmões de 51 espécies de aves.

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Um estudo realizado pela Universidade do Texas em Arlington (UTA) e pela Universidade de Sichuan (China) revelou a presença de microplásticos e nanoplásticos nos pulmões de aves silvestres.

A descoberta, publicada na revista Hazardous Materials, destaca a generalização da contaminação plástica no ar e os riscos que representa para os ecossistemas.

A equipe de pesquisadores analisou 56 aves de 51 espécies e 28 famílias coletadas no Aeroporto Internacional Tianfu de Chengdu (China) como parte de um programa de manejo de vida selvagem.

Os resultados mostraram partículas de microplásticos em todos os espécimes estudados, com uma média de 221,20 partículas por ave e 416,22 partículas por grama de tecido pulmonar. Além disso, foram detectados nanoplásticos, que devido ao seu tamanho microscópico podem entrar na corrente sanguínea dos animais.

Tipos de plásticos e riscos ecológicos

Os cientistas identificaram 32 tipos de microplásticos, incluindo polietileno clorado, usado para isolamento de tubulações, e borracha de butadieno, empregada em pneus de veículos. Essas partículas variavam em forma e tamanho, predominando filmes e pellets de 20 a 50 micrômetros.

Ao aplicar o índice de riscos de polímeros, os pesquisadores concluíram que a maioria das aves apresentava altos riscos ecológicos devido à acumulação de microplásticos. Além disso, foram identificadas nanopartículas de materiais como nylon 66 e cloreto de polivinila em cinco espécies, o que destaca a extensão dessa contaminação.

Aves como bioindicadores do meio ambiente

Shane DuBay, professor de biologia na UTA e coautor do estudo, ressaltou o valor das aves como bioindicadores. Devido à sua mobilidade e diversidade ecológica, as aves oferecem uma perspectiva única para compreender a contaminação ambiental. Este estudo demonstra a urgente necessidade de combater a contaminação plástica, cujos efeitos negativos impactam tanto os ecossistemas quanto a saúde humana.

Segundo DuBay, as descobertas de microplásticos nos pulmões de tantas espécies de aves exigem mais pesquisas, financiamento e ações decisivas para preservar um ambiente mais saudável para as gerações futuras. Este estudo destaca a crescente ameaça da contaminação plástica e a importância de tomar medidas imediatas para proteger a biodiversidade e a saúde do planeta.

Encontram concentrações recorde de microplásticos em áreas remotas da Antártida

Uma equipe de pesquisadores da British Antarctic Survey (BAS) descobriu concentrações de até 3.000 partículas de microplásticos por litro de neve perto de alguns dos acampamentos mais remotos da Antártida.

95% dessas partículas tinham menos de 50 micrômetros (o tamanho da maioria das células humanas), sugerindo que estudos anteriores podem ter subestimado o alcance da contaminação por microplásticos na região devido a métodos de detecção menos sensíveis.

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