Uma descoberta impactante e histórica surpreendeu a comunidade científica em Córdoba. Encontraram restos de uma espécie que viveu há 10.000 anos. Trata-se de um Gliptodonte, que habitava na região do Chaco Pampeano.
O fato ocorreu em um rio na localidade de Pampayasta. Samuel Colombano, aluno da Licenciatura em Ambiente e Energias Renováveis da Universidade de Villa María, encontrou o fóssil quase em perfeito estado. Como era a criatura.
Encontraram restos de uma espécie que viveu há mais de 10.000 anos em Córdoba
O Gliptodonte (Glyptodon reticulatus) é uma espécie que habitou na região do Chaco Pampeano e nas serras de Córdoba durante a era do Pleistoceno Tardio. Esta era começou há 126 mil anos e durou até os 11.700 anos.
Recentemente, Colombano fez a segunda descoberta mais importante desta espécie até agora conhecida.
Segundo relatou, no momento da descoberta, estava caminhando pelo balneário localizado a cerca de 129 quilômetros a sudeste de Córdoba. Lá ele identificou uma estrutura circular quase perfeita na água, que se destacava em uma área de cascalho, mas com menos areia.
Inicialmente pensou-se que se tratava de um vaso grande, mas ao começar a limpar a superfície com a água do rio, identificou os padrões característicos de um casco fóssil.
Colombano entrou em contato com as autoridades locais, que posteriormente informaram os pesquisadores sobre a descoberta.
No dia seguinte à descoberta, pessoal do organismo provincial se deslocou até o local para analisar os restos e confirmou que pertenciam a um gliptodonte, uma espécie da megafauna sul-americana.
Como era o Gliptodonte

“Provavelmente, esta espécie tenha ultrapassado esse limite de 11.700 anos e tenha chegado ao que chamamos de idade Holoceno precoce“, explicou Adan Tauber, diretor do Museu Provincial de Ciências Naturais e doutor em Ciências Geológicas.
Essas criaturas eram grandes mamíferos blindados que faziam parte da megafauna sul-americana e podiam atingir dimensões extraordinárias. Alguns exemplares chegavam a medir até 4,2 metros de comprimento e pesar mais de 2000 quilos.
Apesar de sua aparência semelhante à dos tatus atuais, o registro fóssil indica que estes evoluíram antes, há cerca de 60 milhões de anos.
Por outro lado, os gliptodontes apareceram mais tarde e compartilharam o continente com outros membros até sua extinção.

Acredita-se que os gliptodontinos se envolviam em lutas entre membros da mesma espécie. Os especialistas presumem que, dado que a cauda era muito flexível e tinha anéis de placas ósseas, a usavam como arma nas lutas.
Já conhece nosso canal no YouTube? Inscreva-se!