Os lagos do planeta estão cada vez com menos oxigênio. Os valores são preocupantes e, se a tendência continuar, poderiam ter até 9% a menos no final do século.
Foi o que determinou uma pesquisa realizada por cientistas da Academia Chinesa de Ciências.
Os lagos têm menos oxigênio: por que isso acontece
A situação é preocupante, sendo os lagos as massas de água mais afetadas. No entanto, não são as únicas, pois os rios e os oceanos também estão perdendo oxigênio de maneira semelhante.
A diminuição nos níveis nos lagos responde a uma série de mecanismos que aceleram esse processo, ao ponto de alguns perderem oxigênio até nove vezes mais rápido do que os oceanos.
A perda de oxigênio dos lagos.
Foi o que determinou a pesquisa realizada por uma equipe liderada por Yibo Zhang, geógrafo da Academia Chinesa de Ciências.
Conforme indicado na pesquisa publicada em ScienceAdvances, existem três focos principais que são a causa dessa perda.
O aumento nas temperaturas gera uma redução na capacidade do oxigênio de se dissolver na água, afetando em 7,7% a perda de oxigênio que pôde ser comprovada com a análise dos 15.535 lagos.
O aquecimento, conforme destacam, é o principal responsável, com uma interferência de até 55% nos níveis de oxigênio nos lagos. A situação prejudica tanto os lagos menores quanto os de maior tamanho, sendo o mar Cáspio um dos grandes afetados.
O papel das algas
Outro fator ligado é a proliferação de algas. Os pesquisadores afirmam que esse fator representa 10% na perda de oxigênio nos lagos. Em grande parte, devido ao uso excessivo de fertilizantes e esterco perto de vias fluviais.
Assim foi feito o estudo
A pesquisa estabeleceu que mais de 80% dos 15.535 lagos examinados têm níveis reduzidos de oxigênio.
85% dos lagos investigados sofreram entre 2023 e 2023 um aumento no número de ondas de calor por ano.
Coloca em perigo a biodiversidade aquática.
Identificar esses mecanismos é vital para entender o motivo por trás da perda de oxigênio nos lagos.
Para isso, a equipe de Yibo Zhan utilizou diferentes recursos como imagens via satélite, juntamente com dados geográficos e climáticos destinados a contextualizar as situações que afetaram os lagos.
Principais consequências
Essa diminuição do oxigênio dissolvido na água dos lagos traz, como consequência direta, um crescente risco para a vida natural.
Afasta os ecossistemas ao ponto de criar áreas onde não pode existir vida. A morte tanto da fauna quanto da flora estão intrinsecamente relacionadas a essa tendência, representando uma perda de biodiversidade.
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