As energias renováveis cresceram exponencialmente nas últimas décadas, mas também enfrentaram desafios significativos. Um dos principais problemas é o manejo de resíduos dos painéis solares, cuja reciclagem é cara e complexa. No entanto, uma empresa chinesa encontrou uma solução inovadora que poderia mudar o panorama energético global.
Os painéis solares são uma alternativa eficaz para reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas. No entanto, com o tempo, eles perdem eficiência e precisam ser substituídos. O problema reside no fato de que, embora o alumínio e o vidro possam ser reciclados facilmente, materiais como silício e prata apresentam dificuldades técnicas e econômicas para sua recuperação.
Atualmente, os processos de reciclagem exigem temperaturas extremamente altas e métodos químicos agressivos, o que encarece a operação e gera impactos ambientais negativos. Diante desse cenário, a indústria buscava alternativas mais sustentáveis para a reutilização desses materiais essenciais.

China toma a liderança
A empresa Trina Solar, uma das principais fabricantes de tecnologia solar na China, desenvolveu um método revolucionário para reciclar painéis solares. Sua inovação possibilitou a fabricação do primeiro painel solar de silício cristalino completamente reciclado, marcando um marco na indústria.
Este avanço foi possível graças à implementação de 37 novas técnicas patenteadas que facilitam a recuperação de 100% de silício, alumínio e prata, entre outros materiais valiosos. Essas estratégias incluem processos químicos avançados e métodos de extração com água, garantindo que os componentes reutilizados mantenham sua eficiência e qualidade.
Um desempenho competitivo graças à reciclagem de painéis solares
O novo painel solar reciclado da Trina Solar oferece uma eficiência de 20,7%, apenas abaixo dos 25% alcançados por alguns modelos de última geração. Além disso, possui mais de 645 watts de potência e utiliza células TOPcon, uma tecnologia avançada que melhora a resistência e a durabilidade dos painéis, garantindo uma produção estável de energia mesmo em condições de baixa radiação solar.
Esse inovador processo de reciclagem não apenas reduz drasticamente os resíduos eletrônicos, mas também atende às regulamentações de sustentabilidade de mercados exigentes como a União Europeia, que exige que pelo menos 80% dos materiais dos painéis solares sejam recicláveis.
A China demonstrou que é possível transformar os resíduos solares em novos produtos sem perder eficiência, abrindo caminho para um futuro em que a energia limpa seja ainda mais sustentável e acessível para o mundo.
Colocam em funcionamento o primeiro parque solar em Cuba para enfrentar a escassez elétrica
A fragilidade do sistema elétrico cubano, que depende em mais de 90% de energias não renováveis, deixou o país à beira do colapso nos últimos meses, com apagões significativos em toda a ilha, que conta com uma população de 10 milhões de habitantes.
As oito termoelétricas obsoletas do país, inauguradas principalmente nas décadas de 1980 e 1990, sofrem constantes falhas. Além disso, as plantas flutuantes arrendadas a empresas da Turquia e os geradores que complementam o sistema energético nacional dependem do combustível que Cuba importa com grande dificuldade e que frequentemente escasseia.
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