Num contexto de crescimento acelerado das energias renováveis e seus consequentes resíduos tecnológicos, duas empresas mendocinas decidiram antecipar-se ao problema: Solhé, especializada em energia solar, e Reciclarg, dedicada ao tratamento de resíduos eletrônicos, iniciaram um projeto pioneiro na Argentina para o reciclagem de painéis solares em desuso.
O objetivo é claro: aproveitar os componentes valiosos dos painéis — como silício, alumínio, vidro e metais — e evitar que esses dispositivos terminem em aterros sanitários ou lixões a céu aberto. A iniciativa, atualmente em fase piloto, busca estabelecer as bases para um sistema integral de reciclagem solar no país.
“Queremos dar utilidade a um material com muito potencial. Embora por enquanto seja um teste, nosso objetivo é criar um sistema responsável e sustentável. Por isso escolhemos trabalhar com a Reciclarg, uma empresa com grande experiência em reciclagem eletrônica”, explicou Nicolás Giorlando, sócio e gerente geral da Solhé.

Do descarte ao recurso: uma economia circular com selo local
Por sua vez, Farid Nallim, cofundador e CEO da Reciclarg, destacou a necessidade de agir agora diante de um fenômeno crescente:
“À medida que a indústria solar avança, também avançam seus resíduos. Com este projeto, buscamos recuperar materiais úteis e reinseri-los na cadeia produtiva, gerando empregos verdes e promovendo uma economia circular”.
O processo consiste em desmontar os painéis e separar mecanicamente suas camadas: vidro (que representa 70% do total), alumínio da estrutura, silício das células e metais como prata, estanho e cobre. Esses insumos poderão ser reutilizados em diversas indústrias, reduzindo a extração de recursos virgens e o impacto ambiental.
Cinco etapas rumo a um modelo escalável
O projeto será desenvolvido em cinco fases ao longo de um período estimado de 6 a 12 meses. Cada etapa contempla aspectos técnicos, normativos e ambientais:
- Investigação de tecnologias e métodos de tratamento.
- Desenvolvimento de protótipos, com painéis fornecidos por empresas parceiras.
- Implementação de uma planta piloto, dentro da infraestrutura da Reciclarg.
- Validação técnica e econômica do processo.
- Escalonamento progressivo do modelo.
Os impulsionadores destacam que cada etapa inclui monitoramento ambiental e cumprimento normativo, em conformidade com os padrões de segurança laboral e cuidado ambiental.
Por qué podrían reemplazar a los paneles solares tradicionales.
Um modelo para toda a região
Embora tenha nascido como uma iniciativa local, o projeto tem uma visão regional: os impulsionadores esperam que a experiência possa ser replicada em outras províncias e países da América Latina, onde ainda não existem sistemas formais de reciclagem de painéis solares.
“Estamos diante de uma problemática ambiental emergente e queremos fazer parte da solução antes que se torne uma crise. Este projeto visa transformar resíduos em oportunidades”, concluíram ambas as empresas.
Inovador: China revoluciona a reciclagem de painéis solares
As energias renováveis cresceram exponencialmente nas últimas décadas, mas também enfrentaram desafios significativos. Um dos principais problemas é a gestão dos resíduos dos painéis solares, cujo reciclagem é dispendiosa e complexa. No entanto, uma empresa chinesa encontrou uma solução inovadora que poderia mudar o panorama energético global.
Os painéis solares são uma alternativa eficaz para reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas. No entanto, com o tempo, eles perdem eficiência e precisam ser substituídos. O problema reside no fato de que, embora o alumínio e o vidro possam ser reciclados facilmente, materiais como silício e prata apresentam dificuldades técnicas e econômicas para sua recuperação.
Atualmente, os processos de reciclagem exigem temperaturas extremamente altas e métodos químicos agressivos, o que encarece a operação e gera impactos ambientais negativos. Diante desse cenário, a indústria buscava alternativas mais sustentáveis para a reutilização desses materiais essenciais.
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