Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio desenvolveu uma tecnologia revolucionária projetada para melhorar a conservação e restauração dos recifes de coral.
Este dispositivo, chamado Underwater Zooplankton Enhancement Light Array (UZELA), utiliza um tipo especial de luz que atrai o zooplâncton, os organismos microscópicos que constituem a base alimentar dos corais.
Em colaboração com a Fundação de Restauração de Corais em Tavernier, Flórida, esta luz submarina autônoma e programável já passou por testes iniciais com resultados promissores.
Como o UZELA beneficia a alimentação dos corais
Após seis meses de experimentos com corais nativos do Havaí, os cientistas confirmaram que o UZELA aumenta significativamente a densidade de zooplâncton na área. Isso melhora a alimentação dos corais, sejam eles saudáveis ou branqueados, tornando-os mais resistentes a desafios ambientais como o estresse térmico ou a acidificação dos oceanos.
Segundo a doutora Andrea Grottoli, líder do estudo, os recifes de coral são cruciais para a biodiversidade marinha: embora ocupem menos de 1% do oceano, abrigam um terço das espécies marinhas.
A introdução de tecnologias como o UZELA poderia transformar as operações de berçários de coral. Pode acelerar o crescimento desses ecossistemas até atingir tamanhos adequados para transplante. Reduzirá custos operacionais e aumentará as taxas de sucesso nos projetos de restauração.
Tecnologia respeitosa com o ambiente marinho
Embora as luzes artificiais tenham o potencial de afetar outras espécies marinhas, os testes indicam que o UZELA não interfere negativamente no ecossistema. Em vez de alterar a dispersão natural do zooplâncton, esta tecnologia simplesmente redireciona os organismos para os corais.
“Esta ferramenta não rouba recursos de outros corais próximos”, explica Grottoli. “Limita-se a concentrar o zooplâncton em áreas específicas, melhorando a saúde dos corais expostos à luz”.
Rumo a uma restauração de recifes mais eficiente
A missão deste projeto é injetar tecnologia avançada na conservação dos corais. Embora seu uso não seja contínuo durante todo o ano para evitar possíveis impactos ambientais, o UZELA promete ser uma mudança de jogo na restauração marinha.
Graças a inovações como essa, os cientistas avançam em direção a soluções sustentáveis para a proteção e restauração dos recifes de coral, ecossistemas essenciais para a saúde do planeta.
Qual é o maior recife de coral do mundo?
Para encontrar o maior de todos os recifes, devemos viajar até a Oceania, até a chamada Grande Barreira de Coral.
Partindo da costa sul da Papua-Nova Guiné, a Grande Barreira margeia a costa nordeste da Austrália até a cidade de Bundaberg, em Queensland. Com mais de 2300 km de comprimento, uma largura que varia entre 60 e 250 km, e uma extensão de mais de 348.000 km², este massivo recife é considerado a maior estrutura viva do mundo.
No entanto, a Grande Barreira não é, na realidade, uma única unidade. Trata-se de um conjunto de cerca de 3000 recifes menores, que se somam a mais de 650 ilhas continentais e cerca de 300 cayos de coral.
Esta estrutura colossal abriga mais de 600 espécies de corais e 1625 espécies conhecidas de peixes. Além disso, podem ser encontradas até 4000 espécies de moluscos e cerca de 1000 equinodermos. Foram registradas até 30 espécies de cetáceos, além de outras espécies de mamíferos marinhos, como focas ou dugongos.
A lista de espécies aumenta com 14 espécies de serpentes marinhas, 133 espécies de tubarões e raias, e seis das sete espécies de tartarugas marinhas conhecidas chegam ao recife para reprodução.
Acima da água, os recifes da Grande Barreira de Coral e suas ilhas associadas recebem a visita anual de 215 espécies de aves, das quais 22 são marinhas, e 32 são aves costeiras.
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