A Câmara de Deputados da província de Entre Ríos começará a debater a criação de Promotorias Ambientais. Elas seriam subordinadas ao Ministério Público Fiscal da província.
As discussões começarão com uma reunião conjunta das comissões de Orçamento e Finanças e de Recursos Naturais e Meio Ambiente do recinto. Analisarão o texto da deputada Lorena Arrozogaray (PJ).
Entre Ríos: como seriam as Promotorias Ambientais
A iniciativa busca criar uma Unidade Fiscal de Investigação de Delitos contra o Meio Ambiente em Gualeguaychú.
Teria competência territorial sobre os departamentos de Concordia, Villaguay, Federación, San Salvador, Colón, Uruguay, Gualeguaychú e Islas del Ibicuy.
Além disso, propõe a instalação de outra Unidade Fiscal em Paraná, com competência territorial sobre os departamentos de Paraná, La Paz, Diamante, Victoria, Nogoyá, Gualeguay, Federal, Feliciano e Rosario del Tala.

O projeto propõe, dessa forma, criar um cargo de Promotor Ambiental na cidade de Paraná, outro para Gualeguaychú, dois de Auxiliares de Promotores Ambientais na cidade de Paraná e dois cargos também de Auxiliares na cidade de Gualeguaychú.
Segundo a proposta, eles seriam assistidos tecnicamente e profissionalmente por um Corpo de Investigação Científica, composto por profissionais universitários do setor com especialização em carreiras e disciplinas ambientais e, no mínimo, cinco anos de exercício profissional.
Os argumentos: para que servem as Promotorias
A legisladora afirmou que a criação “contribuirá para melhorar a prestação do serviço de justiça, fornecendo especialização e eficiência no tratamento de litígios judiciais nessas questões”.
Nessa linha, ela indicou que o objetivo é facilitar o acesso à justiça ambiental dos cidadãos e dotar o poder judicial de precisão técnica no assunto.
“Busca-se fornecer respostas do poder judicial a uma demanda relativa à proteção dos direitos ambientais, permitindo que as Promotorias Ambientais investiguem os conflitos em que o interesse coletivo e a proteção dos animais estejam comprometidos”, expressou.
“Promove-se que as ferramentas jurídicas disponíveis na legislação vigente sejam aplicadas por operadores do direito especializados no assunto, a fim de garantir à comunidade uma tutela judicial efetiva do direito a um ambiente saudável”, acrescentou.
A importância de contar com promotorias e agências especializadas
As promotorias ambientais, assim como agências ou órgãos especializados em tais crimes, são muito importantes.
O tráfico de fauna é um dos crimes ambientais mais comuns.
Contribuem para proteger a saúde pública e preservar os recursos naturais. Contar com a expertise e a formação adequada também permite dimensionar os atos criminosos que prejudicam a flora e a fauna.
Quando se fala em crime, implica um ato ou conduta expressamente estabelecido e punido por lei, em um tempo e lugar determinados.
Na Argentina, os crimes ambientais abrangem uma ampla gama de condutas que vão desde a contaminação de recursos hídricos até a desflorestação e o tráfico de fauna silvestre. Alguns dos mais comuns incluem:
- Contaminação ambiental: O despejo ilegal de substâncias tóxicas em rios e lagos, afetando a biodiversidade e a saúde humana.
- Desflorestação: O desmatamento indiscriminado de florestas, especialmente em áreas protegidas.
- Tráfico de fauna silvestre: A captura e comércio ilegal de espécies em perigo de extinção.
- Aproveitamento ilícito de recursos naturais: A extração não autorizada de recursos minerais e florestais.
Esses crimes não apenas têm um impacto direto no ambiente, mas também afetam as comunidades locais, que dependem desses recursos para subsistir.