Durante o recente Fórum Internacional de Mulheres Indígenas (FIMI) em Nova York, líderes indígenas destacaram seu papel crucial na preservação do meio ambiente.
Além disso, solicitaram maior reconhecimento e participação na gestão de fundos internacionais destinados a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Reconhecendo seu liderança
Trinta anos após a Declaração de Pequim, Teresa Zapeta, líder maia guatemalteca, apontou a invisibilização da liderança das mulheres indígenas, que, apesar de enfrentarem adversidades como o racismo e a violência doméstica, possuem conhecimentos ancestrais valiosos.
Desde sua criação, o FIMI financiou mais de 610 projetos ao redor do mundo, beneficiando quase três milhões de pessoas, demonstrando a capacidade transformadora dessas comunidades.
Demandas principais
As mulheres indígenas fizeram um apelo para:
- Empoderamento econômico e participação na tomada de decisões sobre seus territórios e recursos.
- Acesso a fundos climáticos internacionais para enfrentar desafios como a contaminação da água por produtos químicos e pesticidas.
- Reconhecimento de seus conhecimentos ancestrais na formulação de políticas climáticas e biodiversidade.
Zapeta enfatizou a necessidade de uma administração comunitária dos territórios, com liderança das mulheres, para garantir a soberania alimentar e a proteção dos ecossistemas locais.
Reivindicações para a COP30 no Brasil
Para a próxima COP30 no Brasil, as líderes indígenas esperam visibilizar suas propostas, centradas em garantir acesso a água limpa e justiça socioambiental para suas comunidades, que estão na linha de frente do impacto climático.
Apesar de reconhecerem avanços desde a Conferência de Pequim em 1995, ainda existe uma lacuna significativa na tomada de decisões.
As mulheres indígenas exigem sua inclusão como protagonistas na luta por um futuro sustentável, destacando seu papel fundamental na conservação do meio ambiente e dos recursos naturais.
Foto da capa: Orlando Sierra / AFP
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