Na La Pampa está ocorrendo uma forte polêmica em torno de um tema não novo: a contaminação do Rio Colorado. Existem versões conflitantes e acusações entre os moradores de 25 de mayo e as autoridades, tanto municipais como provinciais.
Tudo começou com as declarações do prefeito Leonel Monsalve, que assegurou que a água do rio estava contaminada e não era adequada para o consumo humano.
As afirmações foram rapidamente desmentidas por vários vereadores. Porém, em seguida, um grupo de moradores se juntou ao reclamo por contaminação.
Contaminação do Rio Colorado: o que dizem as autoridades
Monsalve baseou suas declarações em um suposto relatório do Comitê Interjurisdicional do Rio Colorado (COIRCO), e qualificou a situação do rio como “catastrófica”.
Segundo as informações, o relatório citado pelo prefeito é de autoria do COIRCO. Com isso, o delegado pampeano no comitê de bacia, Juan Greco, acusou Monsalve de fazer “terrorismo informativo” ao colocar em dúvida a qualidade da água do rio.
Agora, um grupo de moradores insistiu na contaminação do rio e solicitou às autoridades, provinciais e municipais, que “deixem de priorizar as disputas partidárias e trabalhem em sinergia“.
“Como cidadãos que conhecemos e vivemos o rio Colorado por dentro, sentimos a necessidade de levantar nossa voz diante de uma situação alarmante. Não representamos nenhuma bandeira política, opinamos a partir de nossa experiência e amor por este recurso natural”, afirmaram em uma postagem no Facebook.
O pedido dos moradores
“O rio está contaminado. Isso é um fato indiscutível. Embora seja verdade que a dinâmica hídrica possa, em certa medida, assimilar certos compostos de forma fisicoquímica, basear-se unicamente em análises superficiais de amostras de água para determinar sua qualidade é insuficiente e pouco sério”, argumentou o grupo na conta Lululen Aventura, um espaço dedicado ao ecoturismo.
“O que realmente importa está à vista de todos: vidros, eletrodomésticos, tambores de 200 litros, garrafas, roupas, fitas de segurança, chapas, plásticos e, pior ainda, efluentes cloacais sem tratamento prévio contaminam o rio de forma constante”, detalharam no texto assinado pelo engenheiro Darío Segundo.
“É indignante ver como não existe uma estratégia política eficaz baseada na educação ambiental, um papel que, como cidadãos, temos tentado desenvolver por conta própria, apenas por amor ao rio Colorado”, acrescenta o comunicado.
“Também não há um ordenamento territorial que contemple diretrizes claras para preservar a qualidade do rio e seu entorno”, acrescentaram.
Nesse sentido, mencionaram o estado do mirante da barragem Punto Unido. “Este local, que deveria ser um ponto turístico de orgulho e de conexão com a natureza, reflete claramente a falta de gestão e planejamento”, apontaram.
Pediram às autoridades, nesse sentido, que trabalhem na restauração dos espaços naturais.
Já conheces o nosso canal de YouTube? Subscreve-te!
