Organizações ambientais e sociais apresentaram uma reclamação administrativa à Agência Nacional de Portos e Navegação, exigindo uma avaliação de impacto ambiental estratégica que inclua a participação ativa da cidadania.
Este novo capítulo na oposição ao modelo atual de gestão da Hidrovia do Paraná busca garantir um enfoque mais inclusivo e sustentável.
## Um primeiro passo em uma luta histórica
Martha Arriola, coordenadora do espaço “Cuidadora da Casa Comum”, destacou em entrevista ao portal Elonce que esta reclamação representa um primeiro passo ou a continuidade de uma luta histórica.
Segundo explicou, o objetivo é levar as preocupações do povo aos canais institucionais correspondentes, abrindo um caminho judicial para abordar as problemáticas ambientais e sociais relacionadas à Hidrovia.
## Críticas ao modelo de discussão atual
A reclamação inclui uma crítica direta à forma como estão sendo desenvolvidas as instâncias de discussão sobre a Hidrovia. Arriola denunciou que as reuniões convocadas em espaços como a Bolsa de Comércio e o Centro Cultural Néstor Kirchner excluem o povo organizado, que tem muito a contribuir nesta questão.
O documento apresentado pelas organizações exige:
1. Uma avaliação de impacto ambiental estratégica e cumulativa.
2. Mecanismos claros de consulta pública para garantir a participação cidadã.
Além disso, Arriola alertou sobre medidas já em execução, como manobras de dragagem no rio Paraná. As mesmas estariam sendo realizadas sem consulta ou estudos prévios, o que gera preocupação pelo impacto ambiental e pela falta de transparência.
## Defesa do rio Paraná e seu ecossistema
A proteção do rio Paraná, seu ecossistema e o direito cidadão de opinar sobre sua gestão continuam sendo uma bandeira levantada por organizações de todo o país.
Esta reclamação busca abrir um canal institucional e legal para frear o que consideram uma política excludente e ambientalmente arriscada.
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