A mudança climática causou 41 dias adicionais de calor perigoso em 2024, resultando em um “sofrimento insuportável”.

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O mundo experimentou, em média, 41 dias adicionais de calor perigoso em 2024 devido às mudanças climáticas, de acordo com uma nova análise realizada pela World Weather Attribution (WWA) e pelo Climate Central.

Este relatório alerta que todos os países devem se preparar para os crescentes riscos climáticos a fim de minimizar as mortes e os danos em 2025 e além.

Impacto das Mudanças Climáticas em 2024

O relatório conclui que as mudanças climáticas intensificaram 26 dos 29 fenômenos meteorológicos estudados, os quais resultaram na morte de pelo menos 3.700 pessoas e no deslocamento de milhões.

Friederike Otto, diretora da WWA e professora de Ciências Climáticas no Imperial College de Londres, afirmou: “Os impactos do aquecimento causado por combustíveis fósseis nunca foram tão claros nem tão devastadores quanto em 2024″. Otto acrescentou que a principal resolução para 2025 deve ser a transição para o abandono dos combustíveis fósseis.

Milhões de pessoas expostas ao calor perigoso

Prevê-se que 2024 seja o ano mais quente já registrado, com 41 dias adicionais de calor perigoso devido ao aquecimento provocado pelo homem. Estes dias representam 10% das temperaturas mais quentes entre 1991 e 2020, expondo milhões de pessoas a temperaturas perigosas por períodos mais longos durante o ano.

“O clima extremo mata milhares de pessoas, forçando milhões a deixarem suas casas e causando um sofrimento implacável”, destacou Otto. Os cientistas alertam que se o mundo não abandonar rapidamente o petróleo, o gás e o carvão, o número de dias de calor perigoso continuará aumentando a cada ano.

Fenômenos Meteorológicos Extremos

O calor em 2024 também desencadeou ondas de calor, secas, incêndios, tempestades e fortes chuvas. Dos 29 eventos meteorológicos mais impactantes estudados, o impacto das mudanças climáticas foi evidente em 26 deles.

As inundações na Nigéria, Sudão, Níger, Camarões e Chade foram o evento mais mortal, com pelo menos 2.000 mortes e milhões de deslocados.

O furacão Helene, que deixou 230 mortos em seis estados dos Estados Unidos, foi um dos mais mortais em 50 anos. As altas temperaturas do mar, alimentando Helene, tornaram-se entre 200 e 500 vezes mais prováveis devido às mudanças climáticas, aumentando as chuvas devastadoras em 10%.

Resoluções para 2025

O relatório estabelece quatro resoluções-chave para abordar as mudanças climáticas e proteger as pessoas dos fenômenos meteorológicos extremos:

  1. Abandono mais rápido dos combustíveis fósseis.
  2. Melhorias no alerta precoce.
  3. Relatórios em tempo real sobre mortes por calor.
  4. Financiamento internacional para ajudar os países em desenvolvimento a se tornarem mais resilientes.

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