O biólogo marinho Héctor Pérez-Puig, da Cidade do México, investigou a diminuição de avistamentos de cachalotes no Golfo da Califórnia desde 2015. Coordenado pelo Programa de Mamíferos Marinhos do Centro de Estudos Prescott, seu estudo determinou que a desaparição gradual de cachalotes está relacionada ao deslocamento do calamar de Humboldt, sua presa principal.
O deslocamento do calamar gigante deve-se ao aumento da temperatura das águas do Golfo da Califórnia, derivado do fenômeno climático conhecido como “El Niño”, e à poluição dos oceanos.
Segundo Pérez-Puig, o calamar é muito suscetível a essas mudanças ambientais, o que tem levado os cachalotes a se deslocarem para outras áreas em busca de alimento.
Conservação do Cachalote no México
O cachalote, conhecido cientificamente como Physeter macrocephalus, é um mamífero marinho que pode atingir até 18 metros de comprimento e um peso de 45 toneladas. Embora não tenha predadores naturais, seu grande tamanho tem sido uma desvantagem, necessitando de grandes quantidades de alimento e enfrentando constantes acidentes com embarcações. Além disso, possuem baixos níveis de fertilidade, com apenas uma cria a cada 5 a 7 anos.
Para promover a conservação do cachalote, a Dominica decretou sua proteção como prioridade nacional em 2023, declarando quase 300 milhas quadradas de águas para sua conservação. “Queremos garantir que esses majestosos e altamente inteligentes animais estejam seguros de qualquer dano”, disse o primeiro-ministro da Dominica, Roosevelt Skerrit.
A vida marinha no território mexicano é um motor turístico do país, com a observação de baleias cinzentas e jubartes como um dos principais atrativos de Los Cabos, La Paz ou Huatulco durante a temporada de inverno. Por isso, é importante a conservação dos cachalotes no México.
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