Rumo a um futuro sustentável: a mobilidade elétrica na Colômbia

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Colômbia está dando grandes passos em direção a uma economia sustentável, no entanto, um dos maiores desafios está no setor automotivo e na mobilidade, o que implica não apenas a aquisição de veículos elétricos, mas também a expansão da infraestrutura de recarga.

O avanço da mobilidade elétrica já faz parte do Plano Nacional de Desenvolvimento. Até o momento, cidades como Bogotá, Medellín, Cali, Manizales, Armenia, Bucaramanga e Cúcuta instalaram mais de 270 estações de recarga.

No entanto, esse número ainda é insuficiente para atender às necessidades dos usuários, que destacam que uma maior disponibilidade de estações seria fundamental para promover hábitos sustentáveis de transporte.

O país conta com uma política pública que incentiva a compra de veículos elétricos por meio de benefícios como isenções de restrição de circulação e descontos em inspeções técnicas, além das disposições estabelecidas na Lei de Mobilidade Limpa (Lei 1964 de 2019).

Apesar disso, o crescimento das estações de recarga não avançou no mesmo ritmo que o aumento na demanda por esse tipo de veículo, especialmente em áreas rurais e cidades intermediárias.

Embora a autonomia média desses automóveis, que varia entre 300 e 450 quilômetros, permita cobrir grandes distâncias, a infraestrutura continua sendo um desafio importante para aproveitar ao máximo essa característica.

Energia limpa: uma vantagem competitiva

Um dos maiores ativos da Colômbia nesse processo é sua matriz energética limpa, com 67% de sua capacidade instalada proveniente de energia hidrelétrica. Isso garante que o carregamento dos veículos elétricos seja feito com uma menor pegada de carbono. Além disso, fontes como a solar e eólica, que representam cerca de 6% da energia gerada, estão em constante crescimento, aumentando o potencial do país como líder em mobilidade elétrica sustentável.

No entanto, períodos de seca podem elevar o percentual de geração baseada em combustíveis fósseis para 47%, o que destaca a necessidade de diversificar ainda mais as fontes de energia limpa.

Desafios a serem enfrentados na transição elétrica

Existem três prioridades fundamentais para avançar na adoção de veículos elétricos na Colômbia:

  1. Ampliar a cobertura em áreas rurais: Atualmente, 18,5% da população vive em pobreza energética, de acordo com o Índice Multidimensional de Pobreza Energética (Impe). As áreas rurais enfrentam um desafio energético até 11 vezes maior do que as áreas urbanas. Abordar esse desafio permitirá integrar as regiões mais distantes na mobilidade sustentável.
  2. Fortalecer as energias renováveis não convencionais: Com um potencial instalável de 8.000 GW em energia solar, segundo o Departamento Nacional de Planejamento, a Colômbia poderia se tornar líder regional nessa tecnologia, promovendo um impacto positivo na mobilidade elétrica.
  3. Investir em infraestrutura de recarga: O crescimento de pontos de recarga rápida, como a estação inaugurada pelo Grupo Autogermana no Centro Comercial Unicentro, Bogotá, é fundamental. Esta estação permite carregar em média em uma hora e trinta minutos, muito mais rápido do que os sistemas tradicionais, que levam entre 7 e 10 horas. Com esta nova estação, a empresa já soma 33 pontos instalados em nível nacional.

Um futuro promissor para a mobilidade sustentável

A Colômbia demonstrou uma clara vontade de liderar a transição energética na região com políticas públicas, incentivos e uma matriz energética limpa como base sólida. No entanto, alcançar um avanço abrangente requer abordar desafios-chave como a expansão da infraestrutura de recarga e o acesso a energias renováveis.

Esses esforços não apenas consolidarão o país como referência em sustentabilidade, mas também garantirão um impacto positivo a longo prazo.

Estações de recarga na Argentina

O avanço da rede de carregadores elétricos em Estações de Serviço da Argentina tem sido constante, embora ainda não tenha alcançado um crescimento exponencial, conforme destaca Roberto Stazzoni, especialista em marketing de eletromobilidade na ABB em diálogo com o portal surtidores.com.ar.

Ao longo do último ano, novos pontos de carregamento foram instalados em locais estratégicos como shoppings e supermercados, mas as estações de serviço continuam liderando a infraestrutura para facilitar viagens de longas distâncias, permitindo trajetos como Buenos Aires-Córdoba ou em direção à Costa Atlântica.

Uma das chaves para garantir a rentabilidade dessas estações de carga rápida está nos rendimentos adicionais gerados pelas lojas de conveniência durante o tempo de espera. Além disso, as parcerias estratégicas entre fabricantes de veículos elétricos, empresas de tecnologia e distribuidoras de energia desempenharão um papel fundamental na expansão do setor neste ano.

Stazzoni destacou que diferentes modelos de colaboração, desde a instalação de carregadores rápidos até a otimização de tarifas para operadores e consumidores, serão essenciais para dinamizar o ecossistema da eletromobilidade.

Espera-se que as principais marcas impulsionem inovações tecnológicas por meio de ferramentas como aplicativos integrados com geolocalização, disponibilidade em tempo real e métodos de pagamento simplificados. Essas soluções não só otimizarão a experiência dos usuários, mas também facilitarão a operação dos sistemas para os provedores, acelerando o desenvolvimento dessa indústria emergente.

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