A Direção Geral de Recursos Naturais de La Pampa, sob a liderança de Carlos Bonnemezón e dependente do Ministério da Produção, multou os proprietários de um campo no departamento de Loventué em 1.874.182,40 dólares por desmatar 6,5 hectares de floresta nativa sem autorização.
A resolução, recentemente oficializada, indica que o desmatamento foi feito com arrancamento em uma propriedade não registrada. Aos proprietários, um homem e uma mulher, foi oferecido um plano de pagamento em cinco parcelas mensais de 374.836,48 dólares, com vencimento todo dia 10 de cada mês entre janeiro e maio de 2025. O pagamento deve ser comprovado perante a Direção Geral de Recursos Naturais e destinado ao Fundo para o Enriquecimento, Conservação e Desenvolvimento das Florestas.
O organismo alertou que o não cumprimento dos pagamentos resultará na caducidade do plano de parcelamento, permitindo a execução fiscal da dívida. Além disso, os responsáveis têm um prazo de 10 dias úteis, a partir do oitavo dia após a última notificação, para pagar a primeira parcela.
Além disso, os proprietários foram intimados a apresentar um Programa de Restauração Ecológica dentro de 45 dias corridos após a última notificação, com o objetivo de reparar o dano ambiental causado. Em caso de descumprimento, serão aplicadas sanções adicionais e eles não poderão acessar Guias Florestais nem Vales de Trânsito. Essas medidas visam reforçar o compromisso com a conservação do meio ambiente e garantir a gestão sustentável dos recursos naturais na região.
O problema do desmatamento
De acordo com as autoridades, considera-se desmatamento ilegal a desflorestação realizada sem autorização, um tipo de exploração que envolve a manipulação mecânica do solo para extrair matéria vegetal e transformar o solo virgem em um explorável para a agricultura, pecuária e florestal.
Nesse sentido, o desmatamento da floresta nativa em La Pampa não foi um caso isolado, já que a organização ambiental Greenpeace denunciou anteriormente o desmatamento ilegal em uma propriedade no Chaco, vizinha ao Parque Nacional Copo. Essa denúncia foi feita após a constatação de que mais de 1.800 hectares de floresta foram desmatados ilegalmente e que a localização do desmatamento colocava em risco o Parque Nacional.
Chaco sancionó el nuevo ordenamiento de bosques.
Quais são as consequências do desmatamento?
Segundo Noemí Cruz, coordenadora da campanha de Florestas da Greenpeace Argentina, o desmatamento pode causar grandes riscos à saúde, tanto humana quanto ambiental. Cruz explicou que essa prática pode resultar em mais doenças, inundações, deslocamentos de comunidades camponesas e indígenas, e até mesmo na extinção de espécies em perigo, sem mencionar que intensifica os efeitos das mudanças climáticas.
Além disso, o desmatamento para dar lugar ao gado e às culturas é um dos principais geradores de grandes quantidades de gases de efeito estufa, representando um quarto de todas as emissões no mundo.
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